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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Electra - Eurípides

Electra é uma peça teatral do dramaturgo grego Eurípides, provavelmente composta em meados da década de 410 a.C., provavelmente depois de 413 a.C.. Não se sabe se foi encenada antes ou depois da célebre versão feita por Sófocles do mito de Medeia.

A peça se inicia com a apresentação de Clitemnestra e a filha de Agamemnon, Electra. Electra havia se casado com um velho fazendeiro, temendo que se continuasse na corte e se casasse com um nobre, seus filhos ficariam mais tentados a vingar a morte de Agamemnon. Seu marido, no entanto, se apiedou dela, recusando-se a aproveitar tanto de seu nome de família quanto de sua virgindade; em troca, Electra passou a ajudá-lo nas tarefas domésticas. Apesar de seu apreço por seu marido camponês, Electra carrega consigo a mágoa por ter sido obrigada a sair de casa, e pela lealdade de sua mãe com Egisto. O jovem filho de Agamemnon e Clitemnestra, Orestes, foi levado para fora do país e encarregado aos cuidados do rei da Fócida, onde se tornou amigo íntimo de Pilades, filho do rei local.

Já adulto, Orestes e seu companheiro Pilades viajam a Argos, em busca de vingança, disfarçados de mensageiros de Orestes; inadvertidamente, vão parar na casa de Electra e seu marido - que acaba por reconhece-lo, por uma cicatriz, como a criança que ele havia levado à Fócida anos antes. Os irmãos então, agora reunidos, compartilham seus planos de vingança e passam a conspirar juntos para derrubar Clitemnestra e Egisto.

Enquanto o velho camponês sai para atrair Clitemnestra à casa de Electra, alegando que sua esposa teve um filho, Orestes parte e mata Egisto, retornando com seu cadáver. Ao ponderar a possibilidade de matricídio, no entanto, começa a hesitar, embora Electra o encoraje a seguir adiante com o plano. Quando Clitemnestra chega ele e Electra a matam empurrando uma espada em sua garganta - um ato que instila neles uma enorme sensação opressora de culpa. No fim da peça surgem os irmãos deificados de Clitemnestra, Castor e Polideuces (também chamados de Dióscuros), que dizem a Electra e Orestes que sua mãe recebeu uma punição justa, porém o matricídio cometido por eles ainda era um ato desonroso, e instruem-nos sobre como expiar sua culpa e purgar suas almas do crime.

Bibliografia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Electra_%28Eur%C3%ADpides%29

Comentário:
Electra é um texto dramático, pois a "voz narrativa" está entregue às personagens, que contam a história por meio de diálogos e monólogos.
Podemos perceber o drama da narrativa; vemos o sofrimento de Electra e conseguimos nos comover com a sua extrema solidão. O que mais me chamou atenção no livro foi a forma com que Electra e Orestes souberam lidar com a traição da mãe; eles optaram por fazer justiça com as próprias mãos e levaram isso até o fim, sem medo do que viria a seguir.
Com certeza esse livro é um drama capaz de conquistar a atenção do leitor, mesmo sendo uma escrita antiga, é possível entender e sentir a emoção das cenas.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Despedindo-se do passado


Em viagens as pessoas usam malas para levar tudo o que têm. E ela, só vai levar ao corpo o seu vestido predileto e um par de sapatos. Não quer levar nada que a faça relembrar do passado, só os filmes da câmera que estão espalhados em cima da cama, a fazendo levantar para a luminosidade da janela, e ter as desejadas últimas lembranças. Do lado, estão os filmes sem passado. Filmes antes marcados, e agora, vazios para novas imagens. Hoje será o passado de amanhã, e amanhã, o futuro de hoje.

Ela vai no banco de trás do carro, com as mãos no rosto, pois não quer ver para onde vai. Deixou tudo para trás, e está indo para onde a vida quiser direcioná-la. Está querendo encontrar uma saída para se livrar de tudo o que está acontecendo na sua vida. Todos foram embora e a deixaram. É a vez dela ir embora, e deixar tudo para trás.

terça-feira, 9 de agosto de 2011


Prometo a mim mesma esquecer aquilo que tirou o sorriso do meu rosto e o brilho dos meus olhos. Acredito que eu mereça algo pelo qual vale a pena viver. Não quero me perder. Apenas quero lembrar de como a vida é boa quando não se existe tantos motivos pra deixar meu olhar lacrimejante. Prometo a mim mesma tentar esquecer. Mas não prometo conseguir.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

E o que quer que eu lhes diga sobre as lembranças? Digo-lhes que lembranças são lágrimas que a memória insiste em guardar dentro de nossas mentes. São lágrimas presas no interior dos nossos olhos. Mas se depender do tamanho da nossa saudade, essas lágrimas congelam, ou até derretem com o tempo. Digo-lhes que as lembranças são mais do que lembranças. Lembrar é viver novamente o que pensamos. Lembrar é voar cada vez mais alto, alcançando o passado, ou até cair ao perceber que tudo o que surge em nosso pensamento já teve fim.

terça-feira, 2 de agosto de 2011


Leio, escrevo, escreves, escrevemos, lemos. É dedicação que vez em quando cansa, mas evita que transbordem rios. Em palavras simples, em amontoados de sentimentalidades, despejamos centenas de sensações que enlouquecem. Desde como gostamos do frio ou dos dias de sol, desde acontecimentos mundiais em encontro com as tristezas, ficção cientifica, auto-ajuda, prêmio Nobel, desde a perca ao re-encontro, desde o esquecimento ao amor. E guardamos minutos inteiros em nossos dias de frequente agitação para nos esvaziarmos, ou nos inspirarmos ainda mais. Escrever, ler, descrever, versificar… Para alguns é hobbie, para mim é necessidade.
Já vivenciei olhares vazios. Aprecio o poder que os olhos têm. Em sintonia com o sorriso fica lindo, acalma quem perdeu a esperança. Encaro e miro os olhos, desvendo o segredo do peito. Das emoções, em lágrimas demonstram. Das dores em falta de brilho, se denunciam. No amor, ficam pequeninos de tanta felicidade. E não guardam segredos, e contam teus, meus segredos. As palavras oscilam, os olhos não mentem.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Um aviso prévio aos leitores que desejam me conhecer: Não me entendo e finjo entender. Serei tudo o que você quiser, só que ao contrário.

Apaixonada por Caio Fernando Abreu, meu blog serve de consolo. Meu refúgio virtual capaz de abrigar, não só a mim, mas quem quiser dar uma pausa na correria, nessa rotina estressante. Um hotel com a hospedagem já paga e com direito a café-da-manhã. Tudo incluso no pacote! Meu blog é que nem meu armário: sempre cabe mais alguma coisa. Mesmo que eu tenha que socá-la. Mas isso a gente não considera. Bagunças à parte, tenho 18 anos, mas penso que sou gente desde os meus 14; não sei muito bem pra qual lugar eu devo ir, mas eu vou. Tô indo até não-sei-aonde. Um dia eu chego, quem sabe. Me considero uma pré-adulta, exatamente na fase de transição. A fase do abandono, das dúvidas, do medo, das incertezas. O medo de tornar-me quem eu não quero ser. Faço meu drama, mas me controlo pra não demonstrar muito. E me auto-consolo - “Ora, Adriane, deixe disso. Se tiver que ser, será. E isso passa. Você, assim como eu, sabe que passa. Vamos ali comer um chocolate” -. Eu falo sozinha, mas eu falo baixo. Quase não me escuto, prefiro o eco do silêncio. Assim como meus hormônios, eu tenho altos e baixos. Mas como diria Caio: “A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente.”