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quinta-feira, 29 de setembro de 2011


Se eu pudesse escolher rir baixo ao invés de gargalhar, não o faria. Se eu pudesse escolher dramatizar menos, ironizar menos, sofrer menos, não o faria. Se eu pudesse voltar atrás e modificar todas as minhas falhas por falta de atenção, se eu pudesse mudar todos os meus malditos erros, não mudaria. Se eu pudesse ter pensamentos iguais aos de todo mundo, continuaria com minha mente lunática que confunde a todos e a mim também. Se eu pudesse escolher ser alegre a todo tempo, preferiria ser triste algumas horas por dia. Escolheria dizer "não" quando deveria aceitar. Escolheria todas as coisas equivocadas que escolhi, cometeria os mesmo deslizes novamente. Escolheria ficar lendo enquanto todos ficam rindo e conversando. Escolheria ficar em casa num sábado à noite vendo filmes enquanto todos se desesperam para sair de casa. Escolheria continuar gostando de coisas taxadas como "estranhas", pois são essas coisas que me trazem felicidade. Até mesmo me decepcionaria de novo com as pessoas que tanto confiei, pois cresci de uma forma inexplicável com tal dor. Teria as mesmas paixões de uma semana. Escolheria o silêncio à conversa desnecessária. Qualidade à quantidade. Verdades doloridas às mentiras agradáveis.

Se eu pudesse escolher ser de outra maneira, não seria. Pois aí eu não seria eu.

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